Primeira-dama: a tradição de atuar na área social
- Maiara Maltez
- 3 de dez. de 2018
- 2 min de leitura

O papel da primeira-dama é um papel informal e protocolar de consorte do chefe do executivo. Ela não recebe salário e só tem acesso aos benefícios dispensados aos familiares dos presidentes, como por exemplo o auxílio a saúde e segurança à disposição.
Embora não exista função de primeira-dama na legislação brasileira, esposas de presidentes costumam se envolver em ações sociais desde os anos do Estado Novo, começando com a Darcy Vargas, na década de 30. Esposa de Getúlio Vargas, ainda durante o regime do Estado Novo, cria a Legião Brasileira de Assistência. A LBA teve duração de mais de 40 anos, foi submetida aos Ministérios do Trabalho, da Previdência e continuou sendo comandada pelas esposas dos presidentes. A última primeira-dama que chefiou a LBA foi Rosane Collor. No período, houve suspeita de desvio de dinheiro da instituição.
A LBA foi extinta durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Sua esposa, Ruth Cardoso, antropóloga e professora universitária, passou a liderar o projeto Comunidade Solidária.
No governo de Lula, a esposa Maria Letícia não teve envolvimento algum com função pública durante os oito anos em que o marido ficou na presidência. No governo de Dilma Rousseff não havia primeiro cavaleiro ou primeiro marido. Inclusive o termo só passou a ser conhecido à medida que as mulheres começaram a assumir cargos de grande importância.

No governo de Michel Temer, Marcela tentou atuar na área social, sendo embaixadora do Programa Criança Feliz, na qual tinha como objetivo propor atendimento médico, pedagógico e psicológico para a primeira infância (até 6 anos). Mas o projeto rendeu poucos resultados e ela recebeu críticas por não participar da gestão.
Já a próxima primeira dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, em sua primeira entrevista, no dia 21 de novembro de 2018, disse que quer se envolver em todos os projetos sociais possíveis a partir de 2019. Ela é fluente em Língua Brasileira de Sinais e, por isso, a expectativa é que ela defenda também os direitos dos deficientes junto ao marido, Jair Bolsonaro.
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