Crise além da econômica
- Maiara Maltez
- 8 de out. de 2018
- 2 min de leitura

Que o mundo está em crise, todos nós sabemos. Mas não é só na economia. Há crise também nas relações entre os países. Em um curto período de tempo, o Brasil passou por duas situações que o deixou em evidencia no mundo. Não quero confirmar nenhum dos lados da história. Apresento crises que passam de números, de capital, de economia e que não atinge apenas nossos bolsos, mas a nossa relação com o próximo e com nós mesmos.
A grande perda com a destruição do Museu Nacional indignou todo o país. As pessoas se mostraram em luto, tristes com a perda de parte da nossa história. Um incêndio duvidoso para alguns, que acreditam ter sido proposital, e criminoso, no qual os bombeiros declaram que não havia água no local, enquanto a CEDAE confirma o seu abastecimento.
Esse acontecimento nos apresenta uma crise administrativa, no qual o Brasil perdeu também educação e conhecimento. Uma área já tão deficitária, agora deu um grande passo para trás.
Mas o mesmo país que chorou junto pela perda de nossa história, hoje se divide com as eleições. A humanidade entra em crise quando as opiniões são diferentes. As pessoas já não ficam satisfeitas em apenas demonstrar suas opiniões ou escutar as dos outros, querem que as pessoas pensem igual a elas, sua opinião é a verdade e quem pensa diferente é agredido.
A intolerância levou uma pessoa a esfaquear o candidato a presidente Jair Bolsonaro e foi levantada a hipótese de que teria sido um ataque do PT, partido rival, e até mesmo que foi encenação da própria vítima. Todas essas acusações me levam a acreditar que a crise chega a um ponto onde não é possível distinguir o que realmente aconteceu - se tudo foi armado, estratégia ou um crime.
Então, vem a crise da humanidade. Já não existe mais uma confiança ingênua. Tudo é motivo para se duvidar da ação humana. Não saber onde essa crise vai nos levar e o que ela é capaz de fazer com as pessoas. Isso assusta aqueles que tentam acreditar que os humanos ainda têm salvação e querem manter as esperanças de que o próximo também é bom.
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