Eleição de X²
- Tadeu Mouzer
- 4 de out. de 2018
- 2 min de leitura

Vivemos a eleição mais matemática de todos os tempos. Num período em que extremos de antipetistas e antibolsonarianos se instauraram, a todo momento o eleitor faz contas para saber as chances do seu arquirrival ganhar a eleição. Enquanto isso, candidatos usam esse mesmo artifício como plataforma de divulgação e convencimento do eleitor. São gastos minutos inteiros, do tão precioso tempo de TV, apenas para falar o quão ruim seria um ou outro governo e, no fim das contas, não apresentam nenhuma proposta real de melhoria para o país.
Isso é um reflexo de como vivemos em meio a crise. O trabalhador se vê obrigado a torcer pelo “menos pior”. Se seu salário é reduzido, pelo menos não foi demitido. Se foi demitido, pelo menos ainda tem onde viver. E fica sempre nesse limite, sem conforto, tentando sobreviver em meio ao caos econômico que o país enfrenta.
E na hora de votar também é assim, se vê obrigado a escolher o “menos pior” e abrir mão de um projeto de governo para tentar se proteger de uma possível ameaça. Por vezes, a cegueira desse discurso é tamanha que fugimos de um extremo e nos asilamos em outro. Já tivemos exemplos suficientes na nossa história de quem se prejudica nessa situação. Nunca é quem está no poder...
No dia 07 de outubro, lembre-se que o que está em jogo são os próximos quatro anos do Brasil - um país fragilizado, que precisa se reestruturar, com pessoas sérias, honestas e preparadas. Pesquise sobre seus candidatos, seus planos, ideias, ações e histórico. Na hora do voto, em frente à urna, é só você e a sua consciência. A responsabilidade é grande. Não deixe que a matemática defina a sua escolha.
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