Em Macaé, greve dos caminhoneiros atinge postos e supermercados
- Maiara Maltez
- 26 de mai. de 2018
- 2 min de leitura
No dia 18 de maio, os caminhoneiros anunciaram que fariam uma greve, a partir da segunda-feira seguinte, dia 21, devido a uma tentativa frustrada de negociação com o governo para a redução do preço do diesel. Eles vêm tentando negociar desde outubro de 2017, mas, como não tiveram respostas, iniciaram as mobilizações. Em Macaé, muitos setores já foram atingidos pela greve, como: postos de gasolina, aeroportos, supermercados, empresas de transportes, aulas canceladas e até cirurgias suspensas.

Tainá Ribeiro, que trabalha como auxiliar administrativa do supermercado São José, diz que os impactos já são sentidos: “o estoque de carne não está legal, estamos tendo que comprar do Atacadão e outros supermercados para revender aqui, então estamos comprando por um preço e vendendo pelo mesmo, não estamos tendo lucro nenhum”.
Já o gerente do supermercado Econômico, Lopes, declara que a loja já não está recebendo mercadoria nenhuma. “Estamos operando a loja com o estoque que temos aqui e na maioria dos setores a mercadoria só vai dar para trabalhar no máximo até amanhã, depois disso eles vão entrar em ruptura. A greve está afetando a gente de uma maneira bem grave, se os governantes não tomarem nenhum tipo de providência, a gente vai ficar sem produto para vender”, afirma o gerente.
Segundo Tainá, além das carnes, as verduras e legumes são os produtos que mais faltam no São José, situação parecida com a do Econômico. Lopes afirma que, apesar desse cenário, a loja está operando normalmente: “não estamos aumentando preço de nenhum produto para ganhar em cima dessa crise, a empresa não permite esse tipo de atitude”.
No ramo dos combustíveis, a situação é mais drástica. Rogério, gerente do posto BR do centro de Macaé, diz que a solução foi fechar o posto e liberar os funcionários para evitar gastos. “Ainda não tivemos prejuízo porque vendemos a gasolina toda, mas a partir de amanhã começaremos a sentir mais em questão financeira”.
Além disso, o gerente declara que todos foram pegos de surpresa. “Na outra greve os caminhões não foram impedidos de circular, mas dessa vez, quando os caminhões estavam na base carregando foram impedidos de sair. Nossa expectativa é que isso acabe logo”, conclui.
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