Descarte incorreto de lâmpadas fluorescentes traz riscos à saúde e ao meio ambiente

Aconteceu, de 9 a 13 de Abril, na Praça Washington Luiz, em Macaé (RJ), a campanha voluntária de coleta seletiva de lâmpadas fluorescentes, mais conhecida como Operação Papa-lâmpadas, realizada pela Secretaria do Meio Ambiente. O intuito da ação foi conscientizar a população sobre os riscos que o descarte incorreto dessas lâmpadas pode causar, já que elas contêm vapor de mercúrio e outros componentes tóxicos em sua composição, que podem afetar gravemente a saúde e o meio ambiente.

Segundo Gabriela Certório, 29, bióloga, Mestre em Engenharia Ambiental e analista responsável pelo setor de resíduos na cidade, “o acordo setorial de lâmpadas fluorescentes já foi assinado em 2015 e foi feito um cronograma para execução desse acordo em todo país, porém, nos municípios menores, que é o caso de Macaé, a previsão é para entrar nesse cronograma somente a partir do terceiro ano de implantação. Até lá, muitas lâmpadas seriam destinadas de forma incorreta, por isso, anualmente há essa campanha de coleta para redução dos riscos”.

De acordo com a Legislação Estadual e a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os fabricantes, importadores, vendedores e comerciantes de lâmpadas têm a obrigação de fazer a logística reversa desse material. Todos devem disponibilizar bases que possam coletar essas lâmpadas depois de já terem sido usadas, com o objetivo de não haver mais esse descarte inadequado.

Certório ainda afirma que, em Macaé, “não é possível mensurar a quantidade exata desses descartes, pois ocorrem diariamente em horários diferentes e os órgãos responsáveis acabam não vendo. Mas, anualmente, cerca de 10 mil lâmpadas são coletadas na Operação. Para esse ano, estima-se um pouco mais, de 12 a 15 mil lâmpadas”.

Para os interessados em descartar as lâmpadas fluorescentes corretamente, basta arrumá-las nas embalagens originais ou armazená-las em jornais e papelões e levá-las aos postos de coletas ou esperar a próxima campanha.

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