Com vendas em baixa, Mercado de Peixes espera por dias melhores
- Alex Maia
- 28 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
Em 1924, o Mercado Municipal de Peixes foi fundado na cidade de Macaé para vender não só peixes dos mais variados tipos, mas também crustáceos e frutos do mar. A obra foi realizada pela Secretaria Adjunta de Pesca e Aquicultura, sendo criado um prédio de dois andares, um cais com capacidade para 15 embarcações, 60 boxes e cerca de 180 trabalhadores, de acordo com o site da Prefeitura.

Foto: Alex Maia
Ao longo dos anos, entre altos e baixos no que diz respeito às vendas, seria impossível contabilizar a quantidade dos produtos que já foram vendidos, mas é fácil afirmar que muitos construíram suas vidas trabalhando dessa forma. O auge das vendas ocorre durante as datas comemorativas, como na Semana Santa-Páscoa, Natal e Réveillon.
Os peixes mais vendidos pelo Mercado atualmente são robalos, salmões, dourados, além dos camarões, que são os crustáceos mais pedidos. As mercadorias são sempre frescas, porque o Mercado localiza-se bem ao lado do rio Macaé.
A vendedora Cátia,que trabalha no local há 22 anos, conta que foi com esse trabalho que ela conquistou a casa própria e o carro. Mas atualmente as vendas estão em baixa, “devido à crise financeira que afetou todo país, fazendo as pessoas terem bem menos para as compras". Apesar disso, ela afirma que, “aos poucos essa fase ruim tem ido embora, estamos nos reerguendo”.
Já Yuri, que tem sua banca no Mercado há 8 anos, “as poucas vendas também são justificadas devido ao fato de o Mercado não possuir um estacionamento e, com isso, muitas pessoas, por não conseguirem estacionar os seus veículos ao redor, vão embora insatisfeitos e sem comprar o que desejavam”.

Yuri tem sua banca no Mercado de Peixes de Macaé há 8 anos. Foto: Alex Maia
Ambos os vendedores afirmam que a última reforma realizada pela prefeitura no local, com o intuito de melhorar as condições de trabalho e angariar mais vendas, não foi suficiente. Um das críticas refere-se ao fato de que a obra não comportou todos os trabalhadores dentro do Mercado, de modo que alguns deles têm que trabalhar do lado de fora com as suas bancas expostas ao sol, chuva e sujeiras.
Assim, vendedores e pescadores nutrem a esperança de que a situação melhore de vez, seja no que se refere à infraestrutura, seja no que diz respeito à crise financeira que dificulta a vida de quem, como eles, precisa manter as contas em dia e construir sua vida.
Comentários