Na moda, food trucks macaenses sofrem com concorrência

Todo mundo já ouviu falar sobre os famosos “Food Trucks”. Mas muitos não sabem como surgiram, nem conhecem sua trajetória no Brasil. De acordo com o site www.hfurbanismo.com.br, esses caminhões que levam comidas às pessoas originaram-se no século XVII, quando eram utilizados para distribuir refeições aos trabalhadores norte-americanos.

Murilo Breno, proprietário do Surf Truck. Foto: Alex Maia

Com a grande crise econômica que atingiu os EUA em 2008, os Food Trucks se firmaram como uma importante fonte de renda alternativa. Com preços justos e comida de qualidade, mais tarde a moda também caiu no gosto dos brasileiros. Em 2013, os empreendedores do ramo fizeram de São Paulo o maior centro urbano dos famosos “comida sobre rodas”. Na capital paulista, é possível encontrar da comida tailandesa às tradicionais receitas populares brasileiras.

Com o passar dos anos, esse novo comércio se espalhou por diversas cidades do Brasil. Em Macaé, não muito diferente do mercado norte-americano, esse modelo de negócio surgiu devido à crise econômica que atualmente afeta a cidade. Com a onda de demissões, alguns trabalhadores encontraram nos Food Trucks uma forma de investir as reservas financeiras e garantir uma renda.

Mas, ao menos para alguns deles, a crise não foi a única motivação. O sonho de ter o próprio negócio, acompanhado pela paixão pela culinária, foi o que impulsionou Murillo Breno e a esposa Aimeé a abrirem o Surf Truck.

Hoje, no entanto, nem tudo são flores. Segundo Breno, “a moda na cidade passou”. “Poucos Food Trucks conseguiram se manter depois da saturação com tantos eventos gastronômicos ocorrendo semanalmente na cidade”, afirma o empreendedor. Ele explica que a demanda se tornou pequena para uma oferta alta de serviços semelhantes.

As condições climáticas também têm impacto no sucesso das vendas, como revela Juan, proprietário do Tijuana Food Truck: “Os caminhões estão localizados quase sempre em locais abertos, portanto, dificulta a movimentação em dias chuvosos, por exemplo”, afirma o empresário.