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Conjuntivite aumenta em Macaé; saiba como se prevenir

  • Marcos Filho
  • 7 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

Em Macaé, os cuidados durante a estação mais quente do ano vão muito além da proteção solar. Nesta época, entre o fim do verão e o início do outono, é comum acontecer o surto de conjuntivite: uma inflamação ou infecção da membrana externa do globo ocular altamente contagiosa. Por isso, é aconselhável que nos primeiros dias a pessoa permaneça isolada em casa, fazendo a higiene sempre que possível para não transmiti-la.

Segundo a Médica Oftalmologista Marina Azevedo Lobo, que atende tanto no setor público quanto no privado, a conjuntivite é transmitida pelo contato das mãos contaminadas com os olhos. Em 24 horas começa uma secreção normalmente branca que causa irritação e resulta em uma inflamação da conjuntiva.

“É uma doença autolimitada, dura mais ou menos 10 a 15 dias. Existe antibiótico e anti-inflamatório que pode reduzir esse tempo quando ela é bacteriana, que é o que está acontecendo nesse surto de conjuntivite aqui em Macaé e adjacências. Então há vários tipos de conjuntivite. A principal é essa bacteriana que dá muita secreção purulenta, fica colando o olho, e sempre pode ser usado o antibiótico para reduzir esse tempo para mais ou menos 5 dias”, explica.

A farmacêutica Thayná Azeredo que trabalha em uma drogaria do município, alega que a procura por medicamentos para conjuntivite tem sido tão grande que o estoque feito para atender a demanda já acabou. “Aumentamos o nosso estoque e, mesmo assim, não deu jeito”, informa.

O Hospital Público Municipal de Macaé Dr. Fernando Pereira da Silva, o HPM, recebeu diversos casos da doença nos últimos dias. "Eu trabalhei no HPM no sábado (03) e domingo (04), devo ter atendido mais de 70 pessoas em cada dia. Sei informações de que na segunda-feira (05) foram atendidas mais de 140 pessoas, porque a gente tem um grupo de oftalmologistas do HPM", afirma a doutora Marina.

Como se prevenir?

A oftalmologista Marina Azevedo Lobo em seu consultório. Foto: Marcos Filho.

A médica ressalta que os cuidados com a higiene são muito importantes para evitar a propagação da conjuntivite, entre eles passar o álcool líquido para limpar as mãos, objetos, aparelhos eletrônicos; não usar toalha de pano, mas, sim, papel toalha, lenço descartável; trocar a fronha do travesseiro com mais frequência, não esfregar o olho etc.

“A única forma de contaminar e ficar contaminado é colocando a mão no olho. Então nunca que eu vou colocar a mão no olho sem ter lavado a minha mão. Nesse sentido a pessoa não consegue pegar. Primeiro, não colocar a mão no olho sem ter lavado a mão. Segundo, se tiver com conjuntivite não esfregar, não coçar, senão vai machucá-lo mais. Usar soro gelado para aliviar, e procurar um oftalmologista, porque pode não ser, ser outra coisa, outra doença”, esclarece a oftalmologista.

Por fim, ela afirma que a melhora não acontece antes de cinco dias. É nessa fase que a pessoa mais transmite a doença: “Bota a mão na maçaneta, no celular, controle-remoto, caneta… aí depois outra pessoa bota a mão ali, bota a mão no olho, e pega. Então não está no ar, não está no ar-condicionado, está no contato das mãos. Se a pessoa nunca botar a mão no olho, ela não pega conjuntivite".


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A ENFOCA é um projeto realizado pelos alunos das disciplinas de Laboratório de Jornalismo 1, 2 e 3, da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora - Macaé/RJ. Sua missão é fazer da prática jornalística uma prestação de serviço ao interesse público em Macaé e região, através da checagem de fatos (fact-checking), da cobertura cotidiana e de grandes reportagens.

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